sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Coveiro

Pálido coveiro de túmulos,
Nas covas que tu fizestes descansas
Os cadáveres impuros e as desesperanças
Sem conforto, e os profanados cúmulos.

Aí também descansa a agonia,
Homens, mulheres e crianças,
- Poetas e muitas lembranças
E o morto que tu enterrou ao meio-dia!

E nestas milhares de covas
Onde, tu, sempre vês lágrimas novas
Há de aumentar em ti a treva sedenta.

Mas, quando o teu último alento acabar
E o teu cérebro e o teu coração se esgotar,
Te enterrarão nesta mesma terra macilenta...

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