Nunca pedi que me trouxessem desamor
E mesmo assim trouxeram-me essa dor, bailando
A um feio menestrel de harpas, e eu, agonizando,
Como um anjo escarnecido, pedia amor...
Nunca pedi que me trouxessem a flor
Que apodrecia entre os túmulos, transtornando
Os ossos em nublado incenso, e, negrejando,
Trazem-me os cabelos frios e o bolor...
Ò amplidão, o que trazes para mim é funéreo!
São melancolias expulsadas dos necrotérios
Junto com seitas sádicas e meditação do errôneo
Abismo, que dilacera a alma como um cão
E chicoteia como um verme!, ó sonâmbulo coração,
Não deixe que eu também me transforme num demôneo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário