Apressa-te, sombra da morte, não espera
Que as crianças amamentem-se nos seios de suas mães,
Cobre os campos, cobre-os de dor e de cães
Ò cavaleiro sem estio e sem primavera!
Vem sem esperança, desvairada fera,
Vem nas cores dos tisunames e dos turbilhões,
Dilacerar as mágoas e os podres corações...
Vem, punge de gemidos a rotativa esfera...
Que junto aos passos do dragão, com sua estendida
calda serpeia ao longe - vermelha e comprida -
E arraste para os abismos com um gesto raquítico
As almas maculadas dos manicômios que aparecem
Como morcegos ao cume de cadáveres, e adormecem
Sem morte, ao mesmo sentimento apocalíptico!
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