O meu coração é como um cemitério triste,
Mórbido, cheio de morcegos desolados,
Com caveiras e abutres desalmados
Onde só a minha alma assiste...
Toca-me e fere-me todas as bestas que resistem
Ficar comigo e meus caixões negregados.
Muitas vezes morrí! Ò meus cabais malvados,
Que para matar-ma mais vezes, aqui, ainda persistem!
Sofro como uma ovelha escortejada lá fora,
Morto e escarnecido antes da aurora...
Ò minhas caveiras e morcegos, na treva abandonada,
Onde, fenecidos todos divagam devassando
Meus assombrados túmulos, e eu, chorando,
Passo, orvalhando as cruzes na madrugada!
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